[RP Fechada] - Mind And Spirit Alive

RP Fechada entre Liam Hugo Price e Mary T. Bellemare
Tempo: Fechado e um pouco chuvoso.

Não foram dias, nem semanas, foram meses sem notícias. Me sentia quase um agiota por querer cobrar a palavra da garota pelo que combinamos uma vez. Não queria acreditar que pudesse ser passado pra trás assim com ela me roubando a ideia, ou me deixando de lado porque se cansou do objetivo que eu achei ser algo em comum. Será que estava sendo exagerado? Talvez um pouco, mas não realmente por medo de traição e sim por desistência dela de uma ideia do passado.

Eu não propus uma guerra, nem uma revolução. Eu queria algo mais eficiente que um grupo mantido por um milionário, ou o governo, mas faltava duas coisas importantes para realizar essa ideia: fundos e membros para o grupo. Havia saído dos Protetores não totalmente pelo bafafá da Télonn, mas o motivo me servia muito como uma prova da minha ideia como um todo.

Estava com um encontro marcado com Mary perto da sede dos Protetores e voei de Nova Esperança logo que o expediente na Casa da Salvação se encerrou, me direcionando para Sacramento. Parecia quase os dias em janeiro comigo tentando manter residência em outra cidade da sede do grupo, nada em particular com que pensava, mas não consegui manter aquela rotina. Me entregava a nova rotina com os Salvadores na mesma cidade e era sem sombra de dúvidas mais rápido e sem medo de esticar algum expediente com o pensamento da estrada.

Meu baixo não era comum com casas residências e nem aquela coisa perigosa com diversas bocas de drogas perto, um prostíbulo e também as brigas de gangue ocasionalmente para esquentar as noites frias pelo medo da bala perdida. Já havia ameaçado e avisado sobre o risco de me perturbarem, mas eu gostava dali porque até ajudava um ou outro se fosse necessário. Eu não era considerado herói e não agia mais com aquele tabu que muitos tinham, então não devia minhas ações a nenhum estilo específico, logo não precisava fazer o que muitos heróis faziam como todo aquele fogo.

Saindo do trabalho, levantei voo assim que passei pela porta e me virei no ar para a estrada seguindo para Sacramento o quanto antes. Não sabia mais nada atualizado dos Protetores então até o horário deles pode ter sido alterado desde que saí deles. Meu voo foi contínuo com um escudo telecinético na minha frente como um para-brisa de carro para não levar mosca, ou pássaros no rosto. A chuva logo se intensificou me fazendo nota-la com mais atenção e certo desprezo por estender meu escudo para meu corpo todo e evitar que me molhasse.

Pensei em virar sombra pra não me molhar, só não conheceria viajar entre as sombras de carros até Sacramento porque mesmo com chuva ainda fazia um sol fraco de fim de tarde. Devia ser um incomodo para a vampira, mas se pensa que eu não me incomodava era mentira, só tive nomes referentes à noite, então apesar de não morrer de dia, eu não gostava daquela claridade e bafo que as ruas ficam com o cheiro vencido das axilas e virilhas. Cheguei na cidade após algum tempo que não verifiquei com o celular, tracei o rumo para os Protetores e logo que o caminho se abriu para o local pousei na reta da rua para o parque.

Caminhei debaixo das tendas de algumas lojas tomando cuidado com as pessoas passando e me esquivando dos guarda chuvas que as pessoas pareciam querer tombar para o lado seco das ruas para molhar todo e qualquer um que se mantinha seco. Mandei mensagem pra Mary: - To aqui em frente. Pode sair, ou quer que eu entre?

Deveria me assustar com uma vampira praticamente brotando do chão e dizendo Oi, como se fosse a coisa mais natural de se fazer. Seria eu o chato que pegava no pé das pessoas, mas estaria errado? Questionava-me sobre minha seriedade, mas o engraçado era que realmente estava num ponto muito errado do passatempo. Contudo, os treinos com o pai de Drake haviam me ensinado paciência, então apesar dessas viagens de possibilidades, eu não prendia a nenhuma que não fosse de real valia.

Propósito era o foco, mas qual o meu? Guardar Azarath? Não, eu a usava a meu favor e a protejo na prática. Talvez por ironia meu dever seria mantê-la segura enquanto a usava, de qualquer forma era exatamente o motivo de eu não ser vilão. Eu tinha de proteger a pedra, como eu decidisse fazer poder era minha escolha. Escolha era muito relativa mesmo, eu não podia confiar de verdade nos companheiros como vilão, ser herói era o meu dever.

Pelo menos o herói que eu acho correto, sem aqueles valores dos Protetores e um pouco mais de selvageria para o combate. Meu ideal de herói não era bem pra mim, era um molde de algum que já morreu, mas nem o nome me recordava. Estava realmente perdido e então ouvi um cumprimento referente a mim provavelmente porque meu uniforme já havia afastado as pessoas reunidas ali perto.

Me virei reconhecendo Mary e confirmando com a cabeça um aceno simples de cabeça. Não tinha porque sorrir, mas suavizei o rosto para perguntar: - Como estão os Protetores? Já que você não saiu deles ainda, deve ter achado algo bom pra ficar. - Dou de ombros e arqueio a sobrancelha direita: - Ou estou errado?